Doces Eróticos

Talvez, já tenha visto em algum filme ou viagem ao exterior, padarias com doces e salgados “diferentes”. Viraram coqueluche entre pessoas buscando petiscos temáticos para despedidas de solteiro e presentes divertidos. Vamos conhecer os famosos doces eróticos, um sucesso em Portugal e França, aqui, no Clubmodel.

Conhecidos como ‘crepipi’ e ‘crepepeka’ tem se popularizado nas redes sociais desde que passaram a ser vendidos em agosto do ano passado. Capital nacional da gastronomia, São Paulo, agora, aos passantes essa nova modalidade: a comida erótica.

Da Europa para o Brasil

Trazidos pela proprietária da “Assanhadxs Erotic Food”, a comerciante Gislene Silva e seu companheiro, o engenheiro eletrônico Marcos Afonso apostam no sucesso.

Assim como na loja portuguesa, os crepes em forma de genitália são vendidos em uma loja contêiner da rua Augusta, no centro de São Paulo. São um verdadeiro sucesso entre os frequentadores da área que fazem questão de registrar sua experiência em redes sociais.

Há tempos eu queria deixar a engenharia de lado e abrir um negócio próprio. A Gigi tinha visto que existiam esses crepes na França e a gente começou a amadurecer a ideia, que demorou uns dez meses até a importação das máquinas e a abertura do contêiner. É uma proposta ousada, mas muito divertida pra gente, em todas as etapas.”

Marcos Afonso para o G1

Cardápio assanhado

A “Assanhadxs” oferece no cardápio até quatro opções de crepes doces ou salgados, com recheios a gosto do cliente. Os famosos “crepipi” e “crepepeka”, foram criados com receitas de massas desenvolvidas pelo próprio casal.

“Antes de abrir o negócio, a gente testou em casa vários tipos diferentes de massa pra dar uma textura mais firme pro formato. Misturamos o crepe tradicional com vários tipos de produtos, até que encontramos uma solução legal com a massa do pão de queijo pra crepepeka, além da massa folhada pro crepipi.”

Marcos Afonso em entrevista ao G1.

Os destaques nas vendas ficam por conta dos pênis doces e salgados, finalizados com gergelim ou confeitos na extremidade da glande.

A empresária afirma que o sucesso nas mídias sociais é por conta da qualidade e o sabor, não por causa de tribos frequentadoras da região.

“Acho que o crepipi chama mais atenção por causa dos recheios e da decoração na ponta, que matam mais a fome e chamam mais atenção.”

Gigi Silva ao G1

Para os proprietários, tanto sucesso se fez, certamente, pelo “boca a boca” dos consumidores desses doces eróticos. Eles fazem questão de registrar este momento com fotos engraçadas dos produtos nas suas redes.

“É um produto muito ‘instagramável’. Os clientes tão sempre postando e marcando a gente. E frequentemente aparecem clientes querendo experimentar o produto porque viu nas redes sociais ou em algum lugar do mundo, através da internet”, diz o engenheiro ao G1.

Com16,5 centímetros, os “crepipis” da rua Augusta, além de saborosos, são super recheados! As “crepepekas” são vendidas com duas opções de cobertura: “molhadinha” (passada na manteiga), ou “peludinha” (com granulado de chocolate ou gergelim).

Aos críticos dos doces eróticos

Gigi Silva leva na esportiva, com muito bom humor, críticas surgidas dos grupos mais conservadores, obtusos à novidade trazida à região:

“Vejo como uma grande brincadeira, já que todo mundo tem vagina e pênis. A gente tem que desconstruir esse fantasma de que é uma coisa privada e que deve ser tratada só na intimidade. Graças a Deus, aqui na rua Augusta o pessoal é mais descontraído e encara tudo com muito bom humor. Mas ontem mesmo passou uma família com duas crianças. Eles provaram, tiraram foto e brincaram. Prova que a maldade está na cabeça, não no paladar”, afirmou ao G1.

Apoiada por familiares, Gigi recebe muitas encomendas até dos amigos que fazem festas de despedidas de solteiro, servindo os doces eróticos.

“Quando a gente estava na fase de teste das receitas, a gente colocou a família para experimentar. O cunhado, o genro, os irmãos. Todo mundo ia em casa para testar as nossas receitas. Acho que foi em casa que a gente teve certeza que talvez o nosso produto teria finalmente uma saída satisfatória”, comentou Marcos Afonso ao G1.

“O pessoal adora. Fazem encomenda, indicam para os amigos. E a gente está adorando poder nos divertir e faturar algum dinheiro pra fazer retornar o investimento”, disse Gigi Silva em entrevista ao G1.

Os clientes aprovam!

A reação dos clientes é positiva. Alguns deram depoimentos sobre a experiência e falaram sobre a qualidade dos crepes polêmicos:

“Acho o máximo. São coisas diferentes. A gente não tá muito habituado a ver isso. E eu acho incrível porque, poxa, todo mundo tem, né? Então, qual o problema de você comer o que a gente tem?!”, disse a atriz Bruna Tourão ao G1, de 26 anos. Ela comeu um crepipi de creme de avelã com morango.

“Eu pedi o crepepeka de chocolate porque é mais barata e sai mais em conta… É como um bolinho muito saboroso. Vale a pena pelo sabor e por ser algo diferente. A gente não come isso todo dia, né? Pelo menos não nesse formato… Então, valeu bastante a pena”, contou a estudante Giulia Aquino, que foi provar a novidade junto com o namorado Rafael em entrevista ao G1.

“Foi o melhor crepipi que já provei. O mais grosso e o que me deu mais trabalho pra comer. Mas acho que ao invés e ser tudo do mesmo tamanho, podia ser uns maiores, outros menores… Os lábios também maiores ou menores”, brincou a tatuadora Renata Louzada em entrevista ao G1.

“A gente já nasce pelado, né?! A gente tem um pré-conceito com a nudes e os órgão sexuais. Então, qual o problema de você comer um crepe em formato de órgão sexual? Acho que é uma galera mente fechada mesmo. É uma coisa inovadora e muito normal pra mim”, afirmou Bruna Tourão.

E, então? Ficou curioso e quer experimentar um desses doces eróticos? Visite a loja brasileira que fica na rua Augusta, 1291, centro histórico de São Paulo. Continue conosco e leia mais artigos diferentes como este.

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