De início, aqueciam leitos de reis, artistas, militares e famosos. No percurso, acalentaram as forjas que moldaram nossa História e se tornaram famosas prostitutas. Não há como negar! Elas foram imprescindíveis para chegarmos onde estamos.
O Clubmodel fez uma seleção com várias das ilustres representantes dessa classe de mulheres fortes. Dessa vez, sem Bruna Surfistinha no meio deste grupo, mas não menos interessante. Confere aí!
Maria do Egito: prostituta e depois santa
Após uma vida de prostituição, Maria do Egito ou Santa Maria Egípcia, iniciou um retiro no deserto por volta de 344.
Aos 12 anos, começara a trabalhar como prostituta em Alexandria. Aos 17, ouviu falar de uma peregrinação em Jerusalém. Pensando que poderia lucrar com isso, viajou para a cidade utilizando os seus serviços para bancar as despesas. Porém, chegando lá, revelou uma aparição da Virgem Maria.
A pureza pela punição, dos ideais cristãos, fora vivida por Maria. Largou sua antiga vida e passou décadas rezando sozinha no deserto.
Sua história se popularizou e foi canonizada depois que um religioso a encontrou nua no deserto. Ela contou sua trajetória e falou sobre as visões. O homem, São Zósimo da Palestina, voltou para o mosteiro, compartilhando suas histórias.
Hoje, Maria do Egito é venerada como patrona das mulheres penitentes em várias igrejas.
Teodora de Bizâncio
Foi imperatriz bizantina e esposa de Justiniano I, mas teve uma infância conturbada em casas de prostituição antes de conhecer seu marido. Politicamente, participou de reformas legais e espirituais, além de defender o direito das mulheres.
Nascida em Creta, no século 6, Teodora começou a trabalhar em prostíbulos na Constantinopla para fugir da miséria. Com 19 anos, já era dona de seu próprio estabelecimento. Alguns anos depois, se converteu ao cristianismo e se tornou fiandeira num ateliê perto do palácio. Lá, conheceu o príncipe Justiniano e se casaram depois.
Teodora aprovou leis que proibiram a prostituição forçada e fechou centenas bordeis. Também assinou uma lei permitindo o divórcio e impôs perna de morte aos acusados de violência sexual.
Mata Hari: famosa prostituta e super espiã
A famosa prostituta era, secretamente, espiã alemã. Foi capaz de comprometer segredos de guerra importantíssimos enquanto borboletava no campo inimigo, a Tríplice Entente. Num dos vazamentos, passara informações sobre o secreto tanque de guerra britânico.
Por fim, foi executada e culpada pela morte de <50 mil pessoas. A outubro de 1917, seu último gesto debochado e sensual foi lançar um beijinho à tropa de fuzilamento.
Valerie Jean Solanas: atirou em Andy Warhol
Já ouviu falar da “Factory” de Andy Warhol? Durante a década de 60, esse estúdio se transformara em refúgio aos excêntricos e ávidos por uma viagem de
anfetamina.
Certo dia, a ex-estudante de psicologia e prostituta Valerie, bateu à porta
com uma peça chamada “Dentro da sua bunda” e Warhol a julgou chocante demais para os padrões. Atribuiu-lhe um papel numa de suas produções e pagou US$25 pelo serviço.
Depois disso, Valerie foi tomada pela insanidade. Em junho, atirou em Warhol
que quase morreu. Entregou-se às autoridades no mesmo dia. Passou três anos encarcerada e vários saindo e voltando de manicômios. Em liberdade, infernizou Warhol por telefone até o fim de seus dias. Foi encontrada em decomposição dentro de seu quarto alugado.
Massas absurdas que influenciaram o Pop Art de Warhol foram impedidas de
frequentar a Factory. Debilitado pelo tiro, achou melhor dedicar-se a poucos amigos ricos e celebridades. Certamente, queria evitar a possibilidade de um novo tiro…
Belle de Jour: famosa acompanhante e colunista inglesa
Em 2003, o jornal britânico The Guardian elegeu um blog irreverente como o melhor na blogosfera: o “Diário de uma garota de programa londrina” escrito por Belle de Jour, prostitua de luxo. Lá, ela contava detalhes a respeito dos clientes que a tratavam melhor do que os homens com quem se relacionava.
Autora de livros, tornou-se colunista no Sunday Telegraph. Sua identidade não fora revelada até novembro de 2009 quando um ex-namorado furiosos ameaçara revelar sua identidade. Surpreendentemente, ela veio a público e se apresentou. Era a Drª. Brooke Magnanti, uma mulher de cabelos loiros, discreta aparência e pesquisadora do câncer infantil.
Ela explicou que trabalhava como acompanhante a fim de conquistar estabilidade financeira, permitindo que investisse na área científica que quisesse.
Georgina Beyer: prostituta, transexual e prefeita
Abriu portas e quebrou tabus, tornando-se a primeira prefeita transexual do mundo. George nasceu em 1957 e cresceu como menino no interior da Nova Zelândia. Com dezessete anos, havia se inserido no mundo das drag queens, fazia apresentações e se prostituiu.
Economizou o que pôde a fim de se tornar “Georgina”. Como mulher, se dedicou à dramaturgia e à assistência social. Apesar do tabu, conquistou multidões rapidamente e alcançou grandes feitos como melhorar o sistema educacional local.
Em 1995 foi eleita a primeira prefeita transexual do mundo. Em quatro anos, chegou ao Parlamento e lutou pelos direitos gays até 2007, quando se aposentou.
Carol Leigh: a famosa prostituta sindicalista
Plano de saúde e férias remuneradas são direitos dos trabalhadores, não? Se acredita que seus direitos trabalhistas são justos, por que prostitutas não podem ter os mesmos?
Carol Leigh, uma ativista de São Francisco, conquistou direitos para as prostitutas da cidade. Desde os anos 70, sob o codinome Scarlot Harlot, trabalha como advogada, prostituta e vídeo artista. Atualmente, é consultora internacional em direitos das profissionais do sexo para África do Sul, Tailândia, Hungria e outros países.
Seu ideal é que além de legalização profissional, prostitutas tenham aulas de defesa pessoal, educação sexual e oportunidades acadêmicas.
Ana Bolena: a cortesã religiosa do rei inglês
Ela foi amante (o que, para a sociedade da época, não era muito distante de prostituta) do Rei Henrique VIII e depois se tornou rainha da Inglaterra. E, antes de ter sua cabeça cortada por seu amado, ajudou na criação de uma nova religião: o anglicanismo. O fato de a igreja Católica não concordar em dar a separação e a ratificar o novo casamento, ajudou Henrique VIII a tomar a decisão de criar a nova religião.As vítimas de Jack, o estripador
As vítimas de Jack, o Estripador são quase mártires da categoria. O serial killer fez uma fama negra por estrangular prostitutas e, depois, desfigurar seu rostos, genitálias e retirar seus órgãos. Seus crimes, entre 1888 e 1891, criaram pânico geral e também fizeram com que o governo local passasse a prestar mais atenção nas prostitutas da região, oferecendo a elas melhores oportunidades.
Aileen Wuornos: famosa prostituta homicida
Se Jack, o Estripador, matava prostitutas, Aileen, a prostituta, matava homens. Abandonada quando criança pela mãe e, na adolescência, deixada à própria sorte pelo pai ao ser preso, acusado de pedofilia. Tornara-se prostituta a fim de conseguir sustento e passou a matar caminhoneiros à beira da estrada. Sete assassinatos depois, Aileen havia sido presa e passou <10 anos no corredor da morte. Contudo, demitiu os advogados e declarou seu desejo de morrer.
Outras matérias com histórias e a trajetória de prostitutas famosas, cortesãs e acompanhantes estão no nosso Blog. Entre e confira o fascinante mundo dessas mulheres!
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