Qualquer profissão tem os seus segredos. São questões que quem está de fora não consegue nem imaginar. Ainda mais uma ocupação que tem tanta história, tantos tabus e tantos prazeres quanto a de acompanhantes de luxo. Existem coisas que apenas uma profissional da área poderia te dizer.
Mas estamos aqui hoje exatamente para desvendar tudo isso. Veja aquilo que você sempre quis saber sobre as acompanhantes, mas nunca teve coragem de perguntar.
Entenda como as gatas entram nessa vida, quando elas recebem a maior demanda, o que não rola de jeito nenhum, o que mais pedem e várias outras curiosidades no artigo de hoje.
Qual o motivo de começar
Se existe um grande tabu durante um encontro com uma acompanhante é perguntar “nossa, mas como você começou a trabalhar na área?”. Não que exista um problema em responder, mas é o tipo de coisa que corta o clima na hora.
O negócio é que ser acompanhante de luxo rende muito mais que as profissões de início de carreira de praticamente qualquer área. Ou seja, é uma forma excelente de levantar uma grana muito boa e ter um emprego com várias liberdades que outros não permitem.
“Eu comecei com 18, hoje tenho 21 e não tenho nenhum problema em mostrar o rosto. Sempre recebia propostas pra sair por dinheiro. Um dia aceitei e vi que ganharia muito mais do que como atendente em cinema, que é o que eu fazia na época”, explica muito bem a Yasmin B em entrevista para a UOL.
O que não rola
Ainda assim, não é porque a grana é boa que a acompanhante aceita de tudo. Na verdade, existem limites muito bem definidos. Mas o que a maioria das mulheres não aceitam de maneira alguma é um cara que não tomou banho.
“Tem homem que chega e não quer tomar uma ducha. Imagina você ter que dizer pra um homem barbado que precisa de um banho?! Geralmente eu sugiro um banho junto, mas se ele se nega eu falo que não consigo atender nessa situação”, conta Yasmin.
Outro “não” muito claro que a maioria das acompanhantes solta é para caras que estão bêbados ou drogados. Principalmente pelo risco que as pessoas em um estado alterado proporcionam. “Uma vez um cara bêbado e muito louco de tudo o que você imaginar começou a me morder. Eu mandando parar e nada. Resumo: chutei e expulsei porque não sou obrigada!”.
O que dá medo
Existem alguns medos e receios por trás do glamour. A insegurança é bastante constante para algumas mulheres até por conta das próprias características da profissão. “Abrir a porta da sua casa a desconhecidos não é fácil. E aparece de tudo, não tenho preconceitos”.
Além da ansiedade pelo que pode acontecer, por mais que não aconteça, existe um outro grande medo para muitas delas: o de ser exposta. “Antes eu não mostrava o rosto, mas tive as fotos divulgadas para familiares e então resolvi assumir, mas não foi e não é fácil”.
O que os homens querem
Existem dois pontos principais na procura da maioria dos homens por acompanhantes de luxo. O primeiro deles é a possibilidade de explorar fetiches que não eles não conseguem assumir para suas parceiras. “Acompanhantes de luxo ganham tanto porque elas realizam os desejos que os homens não têm coragem de confessar a ninguém”, como explica Karla G (nome fictício).
“Tem muito machão que procura uma acompanhante para ser passivo. Muito mesmo!”, complementa.
Mas não é só pelo fetiche que existe a procura. A acompanhante recebe essa alcunha por ser muito mais que um programa, mas por ter a capacidade de trocar uma ideia diferenciada com quem está tendo um encontro. E esse diferencial é uma das grandes buscas.
Boa parte dos caras quer alguém para conversar, para desabafar. “Muitos querem falar sobre o dia a dia, a vida, os problemas. Ser ouvinte e paciente ajuda muito”, conta Yasmin.
Quem reforça a fala é uma outra profissional. Gabi é acompanhante há mais de dois anos e revela: “Às vezes a gente tá meio estressada, mas procura não passar isso pro cliente. Tem gente que vem só pra conversar. Paga pra conversar, não é nem pra transar. Tenho cliente fixo que só vem fazer uma massagem e conversar”.
Quem é o público
Não ache que só os solteiros que buscam por acompanhantes de luxo. Na verdade, a maior parte da procura é de quem tem um relacionamento. Em específico, os casados são os que tem encontros com acompanhantes. “Uns 80% dos homens que me procuram são casados. Outros 10% têm namoradas ou noivas”, revela Karla G.
Qual é o horário mais disputado
Existe todo um imaginário de que as acompanhantes são profissionais da noite, que passam todas as madrugadas acordadas e só têm uma vida noturna. Mas o que a maioria não imagina é uma realidade bem diferente.
O horário mais disputado e mais lucrativo para a maioria das gatas é o do almoço. Muitos homens buscam por um lanchinho executivo no início da tarde para não levantar suspeitas. “É o momento que os caras encontram para dar uma rapidinha sem precisar inventar uma desculpa qualquer sobre ter que ficar até mais tarde no trabalho”.
Quando rola a maior procura
Se a gente já sabe o horário de pico, existe uma outra curiosidade a ser reveladas. O movimento é igual no ano inteiro ou existe algum mês em que a galera procura mais por acompanhantes?
Pois é, existe um fator que aumenta bastante a busca e você nem imagina qual é. Dezembro acaba sendo um momento de agenda cheia. Isso porquê é quando cai o décimo terceiro salário.
Em busca de algo mais
Claro que a grana é boa e ninguém nunca vai negar isso. Mas longe do dinheiro ser o único objetivo de uma acompanhante. Cada uma delas tem suas próprias metas e seus próprios prazeres no trabalho.
Reflexiva, quem conta sobre isso é a Belle Reily, de São Paulo: “Aparentemente eu escolhi ser pelo dinheiro, mas, na verdade, todas as vezes eu estava em busca de achar uma metade que perdi há muito tempo. Meu objetivo real”, explica ela, “foi acessar o máximo possível de homens para achar essa parte perdida. No instante em que eu achei, sabia que era ele, minha alma reconheceu”.
“Não estamos juntos, fazemos parte da vida um do outro. Talvez o objetivo seja apenas a mudança interna de cada um após o encontro e não necessariamente viver um amor pra vida toda. O ideal é sermos completos sozinhos. Não existe um amor fora se antes não existir um amor dentro”, finaliza Belle. Profundo!
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