A história secreta e completa da prostituição em São Paulo

O mundo é repleto de histórias e segredos interessantes, basta cavar e pesquisar para encontrar ouro nos mais variados assuntos. Ainda mais quando a gente fala de cidades e profissões com tantos anos. Hoje você vai entender tudo sobre a história secreta da prostituição em São Paulo.

Afinal, a cidade é uma das capitais mais antigas do Brasil e tem curiosidades inimagináveis. Claro que a questão do sexo ia estar intrinsecamente relacionada e ter muitos casos interessantes ao longo de todo o histórico de Sampa. Sendo assim, vamos revelar os mistérios escondidos pelo tempo por aqui.

Prostituição em São Paulo: como tudo começou

A cidade de São Paulo foi fundada oficialmente no ano de 1554, mas o surpreendente é que o primeiro registro encontrado sobre prostituição tenha sido de alguns anos antes. Em 1549, o sacerdote jesuíta Manoel da Nóbrega enviou uma carta a Portugal pedindo por órfãs e “mulheres erradas”, como era o termo da época.

Segundo ele, “todas achariam maridos, por ser a terra larga e grossa”. Esse foi o marco inicial da profissão na cidade, já que boa parte dessas mulheres que se tornaram as primeiras acompanhantes da cidade (que, lembre-se, ainda nem tinha sido fundada).

Influência improvável

Vale dizer que a prostituição só começou em São Paulo graças a uma influência que ninguém iria imaginar. Lembra que o responsável pelo pedido de mulheres portuguesa foi feito por um jesuíta? Pois é, a Igreja Católica foi a responsável pelo início do trabalho.

Tudo isso aconteceu porque os cristãos do local estavam em busca de combater um pecado diferente. Quem explica é o historiador Paulo Rezzutti, em entrevista à Vice: “Nóbrega entendia que havia aqui ‘um grande pecado’: os homens brancos tomando as índias por esposas, indistintamente, quantas quisessem”. 

As tais “erradas” vieram para evitar que homens brancos se relacionassem com as mulheres locais. Olhando hoje em dia, dá pra dizer que é uma história cheia de questões altamente problematizáveis, hein?

A profissão mais antiga

Já existe um consenso de que, apesar do ditado popular, a prostituição não é a profissão mais antiga do mundo. Apesar de haver relatos de atividades desde 2500 a.C. na Suméria, existiram chefs de cozinha ainda antes.

Se não é a profissão mais antiga do mundo, graças à cidade de São Paulo, com certeza é a profissão mais antiga já relatada no Brasil. O que, por si só, é algo impressionante.

Primeiras dificuldades

A primeira polêmica relativa às garotas de programa que aconteceu também vem lá dessa segunda metade do século XVI, mais exatamente em 1570. As “rameiras”, como eram chamadas nos ofícios da época por algum motivo que se perdeu na história, ficavam captando clientes perto das fontes de água da cidade.

As “direitas” se incomodaram com isso por não poderem chegar nem perto dos chafarizes. Para evitar a prostituição, a Câmara Municipal chegou a multar todas as mulheres que estivessem em chafarizes na cidade.

Chegou a ser regularizada

Se o início foi complexo, com batalhas e cheio de problemáticas, avançando alguns anos a gente encontra um outro cenário. Por volta do século XVIII, a prostituição estava catalogada nas Listas Nominativas como profissão regular.

Nessa época, conforme comenta a historiadora Mary Del Priore em seu livro Histórias Íntimas – Sexualidade e Erotismo na História do Brasil, as boates do ramo ganharam o nome de “casinha”. Era nas casinhas que os homens bebiam, jogavam, se divertiam e tinham contato com as mulheres.

A imensa popularização

Ainda nessa época, o quanto era popular ter contato com prostitutas em São Paulo chegou a surpreender intelectuais da época. Viajantes que vinham da Europa descreviam um cenário romântico para o que acontecia então. 

Um exemplo é que, por conta da imensa procura, as acompanhantes não abordavam mais seus clientes. Na verdade, elas eram super recatadas e aguardavam cortejos para seduzir os homens. São Paulo era uma das raras cidades por volta de 1700 que tinha uma vida noturna ainda mais agitada do que a vida diurna.

Mulheres que fizeram história

Com o contexto da popularização, o século XIX chegou a criar mulheres que marcaram a história por conta de sua profissão. Um dos primeiros exemplos é a Ritinha Sorocabana (pois é, a mistura de Nome + Cidade já era popular nessa época!). Ela começou a fazer sucesso em 1827 por ser a principal mulher para os universitários da época, pois foi quem atendeu os alunos da recém-fundada Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Outra acompanhante famosa foi Rita Maria Clementina de Oliveira, que se transformou numa espécie de concubina oficial do poeta Fagundes Varela e do presidente de província Luiz Barbosa da Silva. Ela ainda fundou um dos bordéis de luxo mais badalados do momento na Rua Boa Vista.

A padroeira das garotas de programa

Para finalizar a remontagem histórica da profissão em São Paulo, não poderíamos deixar de fora a história de que as acompanhantes têm uma padroeira secreta na cidade. Se trata de uma das mulheres mais conhecidas da história brasileira, inclusive.

Estamos falando aqui da famosa Marquesa de Santos, que se transformou em padroeira para as garotas de programa que trabalham ou trabalharam na cidade. Isso porque, graças à sua vida agitada, criou-se a lenda urbana de que ela protegia as profissionais como uma espécie de santa.

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